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..::: O limite extremo da sensatez é o que o público baptiza de loucura :::... Cocteau, Jean

segunda-feira, abril 09, 2007





Fui invadido por um nevoeiro de palavras.
Brancas.
Opacas, iguais.
quem me dera chorar lágrimas de vento, quem me dera que a tempestade levasse toda esta dor...
Quem me dera!!!
Quem me dera que houvesse algo real neste mundo...
Preso no labirinto que me parece ja nao ser novo...
Paro...
Apenas respiro, como quem procura odores, ou cores.
Tudo o mais é branco ou negro
Tanto me faz...
É igual a monotonia das palavras que se transformam num som repetido, lento. Morto.
Fujo!
De mim ?
Não sei. não me vejo, neste nevoeiro, branco que me fere o sentir, sinto passar por mim, é forte demais...
Queima, cortando e secando as lágrimas...
O vento que sopra hoje, vem com tal força que sinto frio...
Resguardado como estou, não seria de prever, simplesmente não seria...
Podia ser uma brisa, mas não é...
Podia ser a chuva...
Mas não chove...
Podia ser tanta coisa...
Mas não consigo ver...
Hoje...
Nem o vento que faz lá fora...
O meu choro, água salgada do mar que escorre do meu rosto...
Antes de cair no chao se transforma em gelo e se parte...
O que fazer quando uma simples brisa ao abrir de uma janela, nos derruba, nos mostra, quanto somos ou estamos fracos...
O que dizer quando nada temos para dizer...
Temos tempo, no entanto não nos apetece...
E o que nos apetece, é melhor nem o arranjarmos...
O tempo...
O melhor será esperar que outros ventos cheguem, que outras forças nos elevem, que outras palavras que não as que ouvimos, entrem na nossa Alma...
Esperar que a Alma acorde...
Esperar outros acordares...
Acordar num novo dia...

Biafine 
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